A casa maximalista voltou a ganhar espaço — e não por acaso. Um estudo da consultoria Humanova, O Novo Desejo de Morar 2025/2026, mostra que, desde 2020, as buscas por “maximalismo” cresceram 300%, enquanto o interesse por “minimalismo” caiu pela metade.
O dado confirma uma mudança clara no desejo das pessoas: morar em ambientes com mais presença, expressão e personalidade.
Esse movimento reflete a busca por casas cheias de vida. Aqui, vale a lógica do “mais, mas com método”: combinar cores, padrões e texturas, repetir elementos para criar unidade e valorizar objetos que contam histórias. É uma forma de trazer intensidade sem perder o equilíbrio.
Para entender como esse estilo funciona na prática, siga a leitura:
O que é um estilo maximalista?
O estilo maximalista é uma abordagem de decoração marcada pela abundância e pela mistura intencional de cores, texturas, objetos e padrões. Ele cria ambientes vibrantes, acolhedores e cheios de personalidade, sempre com propósito, nunca com desordem. A ideia central é simples: combinar muitos elementos de forma harmoniosa, permitindo que o espaço reflita quem vive ali.
Ao contrário do minimalismo, que valoriza a contenção e a neutralidade, o maximalismo abraça a expressão. Ele trabalha com sobreposição de estampas, diversidade de materiais, contrastes marcantes e composições ricas em detalhes. É comum ver móveis de épocas diferentes convivendo no mesmo ambiente, obras de arte que dialogam entre si e objetos afetivos usados como parte da narrativa visual.

As principais características incluem texturas variadas, paletas intensas, mobiliário de presença, coleções expostas e a mistura criativa de referências culturais.
Esse “caos organizado” ganha unidade por meio da repetição de cores, da curadoria cuidadosa e do equilíbrio entre elementos grandes e pequenos.
O maximalismo é ideal para quem deseja uma casa viva, expressiva e cheia de histórias. Em vez de buscar silêncio visual, ele celebra a intensidade — sempre com método, intenção e personalidade.
O que é o maximalismo brasileiro?
O maximalismo brasileiro é a versão mais espontânea e culturalmente rica do maximalismo. Se antes falamos do estilo de forma ampla, aqui ele ganha sotaque próprio: mistura referências do país, combinações intensas e um olhar afetivo sobre o morar.
Na referência a seguir, vemos como a pessoa responsável pela decoração optou por utilizar uma composição com peças de artesanato do Vale do Jequitinhonha, região mineira e com artesanato carregado de características próprias bem marcantes:
Em vez de apenas sobrepor elementos, o maximalismo brasileiro transforma a diversidade do país em linguagem visual, com isso, vemos a pluralidade cultural brasileira como fio condutor, unindo influências indígenas, africanas, europeias e modernas em composições que têm vida, humor e autenticidade.
Como ter uma casa maximalista?
Para criar uma casa maximalista, o segredo é combinar ousadia com intenção. A estética é rica, mas não aleatória: cada escolha constrói camadas, narrativas e pontos de interesse que deixam o ambiente expressivo e acolhedor.
A seguir, um guia direto para transformar o estilo em prática.
1. Misture cores com propósito
Trabalhe com uma paleta vibrante, combinando tons intensos e neutros para equilibrar o visual. Brinque com contrastes e repita algumas cores em diferentes pontos do ambiente para criar unidade
2. Combine padrões sem medo
Estampas florais, geométricas, listradas ou étnicas podem coexistir. A chave está na repetição de motivos e na variação de escalas para manter harmonia.
3. Explore texturas e materiais
Veludo, madeira, metais, cerâmica, fibras naturais e tecidos diversos criam profundidade tátil. Quanto mais variedade com coerência, mais interessante o ambiente se torna.
4. Inclua objetos com significado
Use esculturas, fotografias, livros, obras de arte, plantas e coleções pessoais. Esses elementos contam histórias e deixam a casa viva.
5. Misture tempos e estilos
Combine móveis vintage com peças contemporâneas. Essa convivência de épocas cria um ambiente eclético, sofisticado e cheio de personalidade.
6. Use abundância com organização
Maximalismo não é excesso aleatório. Agrupe objetos, crie respiros visuais e distribua volumes para alcançar o “caos organizado” que caracteriza o estilo.
7. Traga brasilidade quando fizer sentido
Cores quentes, texturas naturais, artesanato local e referências culturais reforçam uma estética mais autoral e conectada ao cotidiano brasileiro.
Encerrar a construção de uma casa maximalista é, na verdade, abrir novas possibilidades. Quanto mais você explora cores, texturas e referências, mais claro fica o que realmente faz sentido para o seu jeito de morar.
E, se esse universo despertou sua curiosidade, talvez seja a hora de aprofundar o olhar sobre os diferentes caminhos que a decoração pode seguir.
Para continuar essa jornada e entender melhor qual linguagem combina com você, siga para o próximo conteúdo: Estilos de decoração: quais são e como descobrir o meu?
Ele vai ajudar a identificar preferências, reconhecer padrões e encontrar o estilo que mais traduz sua personalidade dentro de casa.
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